Na fumaça do meu café minha mente viaja na lembrança;
De que um dia eu fui simplesmente criança;
Do gole amargo vem o doce sabor de esperança;
Que me fez acreditar que quem deseja alcança.
Me lembrei de ter tido na infância uma febre delirante;
Que me trouxe um pavor, que agora é constante;
De sentir desamparo e impotência paralisante;
Diante da crueldade, do desamor…. impressionante.
Travestido de ordem, sagrado e piedade;
Que julga o próximo por sua diversidade;
E acredita que é sua toda a verdade.
Essa gente se despe de sua humanidade;
E acredita construir felicidade;
Mas planta tudo o que não é cristandade.
Como se pode mudar essa realidade?
Mostrando que o verdadeiro amor é a maior irmandade;
Que somos diversos e isso é a verdade;
E que as nossas diferenças nos fazem universalidade;
Pois só mãos diferentes são capazes de construir
fraternidade.
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